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Adeus Morgane Alvaro: Por que o final do HPI é tão decepcionante

By Julien Lamentière , on 30 setembro 2025 , updated on 30 setembro 2025 — TF1 - 4 minutes to read
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5,6 milhões de telespectadores assistiram à última temporada de Morgane Alvaro na TF1. Apesar de uma audiência de 31,7%, a chamada de cortina vermelha, apelidada de “Supernova”, deixa uma sensação de assunto inacabado: redes sociais em turbulência, fãs atordoados e críticas mistas. Por que esta quinta temporada, orquestrada como fogos de artifício, terminou em fracasso? Uma análise imediata e direta.HPI: Um final de “Supernova” que destrói expectativas

Desde a primeira cena, Morgane faz a prova oral para o exame policial, uma reviravolta que a atriz Audrey Fleurot disse querer evitar em 2021. Esse paradoxo intriga, depois perturba: a consultora rebelde de repente veste o uniforme azul-marinho “que não é da sua cor”, e sua orientação vacila. A narrativa fragmentada, entre uma sala de exames e uma investigação ultrassecreta sobre um satélite militar, aumenta a intriga, mas enfraquece a emoção. Quando o episódio se concentra na fuga de Karadec — pílulas para dormir, incêndio, alarme — a série abraça o absurdo absoluto que vem apregoando há cinco temporadas, correndo o risco de deixar o público de lado. Por que os fãs estão reclamando?Em X, as mensagens continuam chegando: “Que diabos é esse final?”, “Nem um beijo!”. O episódio 7, considerado intenso e romântico, havia reavivado as esperanças de um final feliz; o episódio 8, por outro lado, rejeita a ternura em favor de uma viagem surreal pelo México. O contraste gritante explica a frustração: é impossível digerir uma ruptura emocional tão grande em 42 minutos.

O outro ponto de discórdia está na cena fora da tela: Morgane e Karadec vão embora sem que vejamos as crianças, o time ou mesmo Lille. A falta de um loop global deixa o espectador se sentindo desolado, um pouco como os fãs de Lost em 2010, que de repente se perguntaram: “É por isso que assistimos a tudo aquilo?” Uma escolha consciente da TF1: permanecer fiel ao DNA de Morgane Nos bastidores, a criadora Alice Chegaray-Breugnot afirma um final que “não é dramático nem arrumado”. Para ela, trancar Morgane em um pavilhão com um cachorro e uma pérgula trairia a personagem. Daí o voo para o México, uma homenagem ao gosto da série pelas quebras de tom.

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Audrey Fleurot

defende a mesma causa: “Esse casal não dura três meses”. A escolha radical do roteiro casa-se, portanto, com o caráter instável da heroína: enquanto ela respira o inesperado, HPI permanece HPI, mesmo em suas despedidas. Fantasia final real ou simples? Durante entrevista à RTBF, o showrunner abre a porta para a dúvida: o deserto mexicano só poderia ser uma projeção mental, como as alucinações vistas no início do episódio. Esta ambiguidade salva a coerência: se tudo é um sonho, não existe realmente nenhuma inconsistência.

As séries americanas praticam o exercício desde Dallas ou Sopranos; ver uma ficção francesa ousar usar esse borrão artístico é quase uma façanha. Os espectadores hesitam: desprezo brilhante ou simples pirueta?

Qual legado para Audrey Fleurot após a última temporada?

Parte do fenômeno, a atriz sai mais forte: 40 episódios em cinco anos, popularidade comparável à de Claire Danes depois de Homeland. Projetos de cinema à vista, rumores de uma unidade HPI no estilo Downton Abbey: a cortina talvez não seja definitiva.

Para TF1, a lição é dupla. Em primeiro lugar, uma série francesa pode durar cinco temporadas sem perder força, desde que assuma a sua identidade. Então, provocar às vezes é melhor do que tranquilizar: o debate acalorado em torno de “Supernova” prolonga a vida do HPI para além do seu último tiro na placa “THE END”.

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Julien Lamentière

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Je suis un grand fan de séries TV, de films et de cinéma en général. Ma série préférée est Breaking Bad et j'adore les séries humoristiques. Venez découvrir mes critiques et mes recommandations.

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